Título:
Comida de Rua - O melhor da baixa gastronomia paulistana
Autora: Bianca Paulino Chaer
Editora: Editora Alaúde
Número de páginas: 248
Ano de publicação: 2015
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Este guia é maravilhoso de ler e dá água na boca!
A autora, que se define como "jornalista e comilona" (verdade, está na segunda orelha do livro), tem um texto delicioso, que fica ainda melhor com as muitas fotos coloridas que o livro traz.
Este guia é baseado no gosto da Bianca (autora), como ela explica no início do livro, e não inclui todas as melhores comidas de rua de São Paulo, o que imagino ser impossível de catalogar - até porque cada um tem seu gosto...
"Não pretendo classificar ou escolher os melhores produtos nem dar o aval de que tudo que foi retratado nestas páginas vai agradar aos paladares mais sensíveis e aos estômagos mais delicados. O que fiz foi apenas uma curadoria, uma seleção do que recomendaria aos amigos mais queridos. Todas as indicações neste livro foram escolhas próprias. Realizei ao menos uma visita anônima, para avaliar a comida. Incluí doces e salgados que comi até dizer chega."
Dos quase 40 locais com comidas de rua do guia, só provei as massas do Rolando Massinha, quando a kombi ainda ficava no estacionamento da loja Volkswagen na Av. Sumaré, e os Doces de Obeny e Maria Emília, na praça Benedito Calixto, e gostei MUITO dos dois.
No guia tem de tudo: acarajé, hambúrguer, doces, picolés, pizza, pastel, espetinho, guioza, waffle, comida asiática, tapioca, sanduíche de pernil, cachorro-quente, salteña...
Gostaria de experimentar tudo que foi indicado, vamos ver se consigo! =)
Além de apresentar os food trucks ou barracas que oferecem comida de rua e falar obre os pratos servidos, a Bianca conta um pouco da história das pessoas por trás de todas as delícias servidas.
Tem, por exemplo, a história da Laila, libanesa radicada no Brasil, que, depois de tentar ganhar a vida dando aulas de inglês, modelando vestidos de noiva e pintando quadros, passou a vender quibes e esfirras pelo bairro onde morava para sobreviver. Depois, com a ajuda de R$ 2 mil dados por uma vizinha, ela comprou uma barraca e ingredientes para começar a vender suas comidas. Aos poucos, foi conquistando freguesia e hoje em dia sua barraca vai muito bem.
Tem também a história da paraense Vângela Velozo, que vende comida de sua terra na Embaixada Paraense II, na praça Benedito Calixto. A família toca o restaurante Embaixada Paraense I em Fortaleza e Vângela toca a "filial" do negócio aqui em São Paulo. De dois em dois meses, Vângela vai até Belém para selecionar os ingredientes que vai usar em seus pratos e depois despacha tudo por avião. Fiquei com vontade de provar tucupi (caldo de mandioca com goma de mandioca e camarões secos), bolinho Ver-o-Peso (pela foto parece um bolinho caipira, mas é recheado com queijo gouda e jambu) e maniçoba com arroz paraense (maniçoba, chamada de "feijoada paraense", é feita com carne de porco e folha de maniva; o arroz leva jambu, tucupi e camarão).
E há várias outras histórias curiosas de pessoas que trocaram suas profissões para se dedicar à cozinha. Vale a pena ler as histórias de vida e também sobre os quitutes e depois se aventurar em busca dos food trucks e barracas!
Inspirada pela leitura desse guia, fiz a minha versão de X-buguer: pão
de mandioquinha + hambúrguer caseiro + maionese caseira (sempre quis
aprender a fazer!) + queijo + alface + tomate. Gostei do resultado e
hoje serão três receitas bastante simples!
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X-BURGUER CASEIRO COM PÃO DE MANDIOQUINHA
Pão de mandioquinha
Ingredientes:
500 g de mandioquinha cozida e espremida
2 colheres (sopa) de açúcar
2 tabletes de fermento para pão (30 g)
200 ml de leite morno
3 ovos inteiros
100 g de margarina
1 colher (sopa) rasa de sal
farinha de trigo até dar o ponto (até a massa soltar das mãos)
Modo de preparo:
Misturar bem todos os ingredientes e ir acrescentando farinha até a massa desgrudar das mãos. [Como eu quis passar uma gema de ovo sobre os pães para eles ficarem mais bonitos, acabei usando duas gemas e três claras na massa.]
Depois, cobrir com um pano de prato e deixar descansando por cerca de 30 minutos.
Depois de 30 minutos, a massa cresce e fica assim:
Untar (usei óleo, passado com guardanapo) e enfarinhar a fôrma. Dar formato de pães de hambúguer à massa, deixar descansando por mais cerca de 30 minutos. Depois, pincelar uma gema de ovo sobre os pães e colocar em forno preaquecido.
Deixei no forno médio por cerca de 40 minutos e eles ficaram assim:
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Maionese caseira*
[fiz o dobro da receita]
Ingredientes:
1 ovo cru
1 ovo cozido
alho (o ideal é desidratado, em pó, se não tiver, usar 2 dentes de alho - usei 2 dentes de alho)
1 colher (café) de mostarda
6 gotas de limão
sal e pimenta-do-reino a gosto
óleo para dar o ponto
azeite a gosto
* se preferir uma maionese verde, acrescentar 1 xícara (chá) de cheiro-verde picado
Modo de preparo:
No liquidificador ou mixer, colocar os ovos (1 cru e 1 cozido), as gotas de limão, o sal e a pimenta. Bater em potência máxima.
Aos poucos, acrescentar o óleo e o azeite e bater até adquirir a consistência ideal. É importante que eles sejam despejados bem devagar, com um fio fino e constante.
Quando estiver no ponto [fui provando para testar a consistência], acrescentar o cheiro-verde (se for usar), a mostarda e o alho.
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Hambúrguer caseiro
Ingredientes:
500 g de carne moída [usei acém]
1 ovo inteiro
tempero a gosto ou 1/2 pacote de creme/sopa de cebola
[usei um pouco de vinho tinto, tempero pronto Etti, alho amassado e um pouco de cebola picadinha; deixei temperando de um dia para o outro na geladeira para pegar mais o gosto]
Modo de preparo:
Misturar o ovo à carne moída temperada até a massa ficar homogênea. Moldar os hambúrgueres e levar à frigideira com um pouco de óleo.
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Depois, é só montar o X-burguer, escolher uma bebida gostosa e #partiuserfeliz! :)